PpDM eleita para a Vice-Presidência do Centro Europeu do Conselho Internacional das Mulheres
Entre os dias 20 e 22 de junho, a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres esteve presente na Assembleia Geral do Conselho Internacional das Mulheres e na Assembleia Geral do Centro Europeu do Conselho Internacional das Mulheres.
Alexandra Silva e Maria Sepúlveda representaram a PpDM na Assembleia Geral onde Ana Sofia Fernandes, Presidente da PpDM, foi eleita Vice-Presidente do Centro Europeu do Conselho Internacional das Mulheres (CECIM). Mais de 7 décadas depois, Portugal destaca-se no CECIM!
Retomada a presença de Portugal no Conselho Internacional das Mulheres, 76 anos depois, é hoje chegado o momento de avaçarmos com energia para um envolvimento cabal tendo sempre presente a incansável luta pelos direitos humanos das mulheres no Mundo, na Europa e em Portugal. Num momento em que existem mais de 60 conflitos armados em todo o Mundo, em que as mulheres continuam a ser as mais afetadas e violentadas, em que a extrema direita tem tido, cada vez mais, adeptos, precisamos unir esforços e afirmar o papel das Associações de Mulheres na resolução dos conflitos e na construção da Paz! Ana Sofia Fernandes
Para 2024-2025 o CECIM centrará os traabalhos em quatro áreas:
1. Reforço da Resolução 1325 (Mulheres, Paz e Segurança)
O Centro Europeu do Conselho Internacional das Mulheres quer ampliar o seu trabalho e impacto nesta área e por isso pretende organizar um webinar sobre a violação como arma de guerra. Pretende ainda apoiar vítimas dos conflitos armados e contribuir para a criação de coligações para a resolução de conflitos, diálogo e fortalecer a solidariedade nestas matérias.
2. “Seguir o dinheiro” na prostituição, gestação de substituição, tráfico de mulheres e crianças, pílula abortiva, autonomia corporal das mulheres, entre outras.
Esta perspetiva tem como objetivo a monitorização da discriminação contra mulheres e raparigas com base na violência estrutural que inclui a violência económica e financeira e como estes tipos de violência afetam desproporcionalmente as mulheres e raparigas.
3. Combater as influências masculinistas na política, nos tribunais, nas mentalidades, entre outros.
E perceber os efeitos que têm na vida real das mulheres e raparigas e na perspetiva que as sociedades têm das mesmas (isto é materializado, por exemplo, nas batalhas legais pelas custódias, falsas acusações, educação, saúde mental etc.).
4. Alterações Climáticas: as mulheres são as principais vítimas destas alteraçõess e as principais agentes de mudança. Assim, temos de estar mais presentes na mesa das negociações e no combate às alterações climáticas.
Prevemos um ano muito intenso de trabalho, onde a sororidade entre os Conselhos Nacionais das Mulheres sairá certamente reforçada!