Erradicar a violência contra as mulheres e raparigas em prol de um futuro mais justo. Com Reem Alsalem
Entrevista a Reem Alsalem, conduzida por Paula Sequeira, sobre a erradicação da violência contra mulheres e raparigas e a construção de um futuro mais justo e igual.
Nesta entrevista, Reem Alsalem, Relatora Especial das Nações Unidas sobre Violência contra Mulheres e Raparigas, desenvolve um conjunto de reflexões em torno das diferentes formas de violência contra as mulheres e as raparigas, focando-se em três aspetos: (1) os avanços e recuos que esta problemática tem sofrido em todas as latitudes, salientando, também, as novas ameaças cujo alcance ainda não compreendemos bem, como seja o caso das consequências da identificação de género com identidade de género; (2) a questão da prostituição como campo de batalha, denunciando os perigos para as mulheres e raparigas do crescente poder das narrativas que defendem a sua normalização como um trabalho, chamando a atenção para os grupos de interesses ligados a esta temática com influência nos desenhos das políticas públicas; (3) as novas e complexas ameaças para as mulheres e jovens mulheres ligadas à força das novas tecnologias quer pelo facto de haver demasiado poucas mulheres nesse campo de ação, sobretudo em posições de poderem influenciar o sentido do seu desenvolvimento, quer como vítimas de um ressurgir de velhos estereótipos discriminadores.
Reem Alsalem é Relatora Especial das Nações Unidas sobre a Violência contra Mulheres e Rapariga, suas Causas e Consequências, por nomeação do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Mestre em Relações Internacionais e em Direito dos Direitos Humanos, tem sido consultora independente de várias agências das Nações Unidas.
Paula Sequeira é Presidente da Dignidade – Associação Para os Direitos das Mulheres e das Crianças.
De Viva Voz III é um projeto promovido pela PpDM em parceria com a Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres (APEM), CEMRI da Universidade Aberta e Centro Filosofia e Género da SPF. Apoio técnico e financeiro da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género às Organizações não Governamentais de Mulheres, ao abrigo do Decreto-lei n.º 246/98, de 11 de agosto, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 37/99, de 26 de maio.
As visões e opiniões expressas são da responsabilidade das entrevistadas e não refletem necessariamente as da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres e parcerias.