Juventude, Educação e Cultura: mulheres e raparigas reescrevem as propostas da Conferência sobre o Futuro da Europa em Zagreb

No âmbito do projeto PaFutEU – Parlamento para o Futuro da Europa, o painel de cidadãs e cidadãos sobre Juventude, Educação e Cultura, teve lugar em Zagreb, na Croácia, a 22 de setembro. Este projeto parte das conclusões da Conferência sobre o Futuro da Europa (CoFoE) tendo em vista as eleições para o Parlamento Europeu (PE) em 2024.

A delegação da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres foi composta por Diana Pinto, técnica de projetos na PpDM, Amélia Pinto, voluntária na PpDM, Ana Russo e Ana Simões, trabalhadoras na organização-membro Ser Mulher, assim como Domingas Aguiar e Leonilze da Conceição Neto, voluntárias da organização-membro Mén Nón – Associação das Mulheres de São Tomé e Príncipe em Portugal.

O primeiro painel teve início pelas 09h30, partindo das boas-vindas de Daniela Vancic, representante da organização promotora Democracy International, que apresentou brevemente o projeto PaFutEU e a Conferência sobre o Futuro da Europa. Seguiram-se as apresentações dos peritos: Luka Juros, Chefe do Gabinete de Educação, Juventude e Desporto de Zagreb; e o investigador doutorado Mislav Balkovic, Reitor da Universidade de Álgebra de Zagreb.

Depois de uma curta pausa, deu-se início ao trabalho dos grupos de discussão, recorrendo à metodologia World Café, uma dinâmica que permitiu às e aos participantes rodarem entre diferentes grupos e avaliarem algumas das propostas e medidas de Juventude, Educação e Cultura no relatório final da CoFoE (a partir da página 88). Diana Pinto moderou a proposta 46, a primeira das quatro que compõem a subdivisão temática da Juventude, Educação e Cultura.

Nos diversos grupos que analisaram as diferentes propostas e medidas, as participantes da delegação de Portugal identificaram de imediato uma lacuna considerável no texto (e, em larga escala, na totalidade do relatório da Conferência): uma formulação de propostas de políticas que não tem em consideração a discriminação estrutural com base no sexo. Assim, a participação das delegadas da PpDM prendeu-se sobretudo com a mitigação desta falha, salientado que as experiências das jovens raparigas e dos jovens rapazes diferem consideravelmente por razões estruturais, pelo que uma abordagem neutra à juventude será, em todas as áreas políticas, desadequada.

Depois da pausa de almoço, seguiram-se três apresentações de peritas/os: Enea Dessardo, delegado da juventude da ONU para a Croácia, sobre como capacitar, empoderar e envolver as e os jovens; Maja Sever, Presidente da Federação Europeia de Jornalistas, sobre como garantir a qualidade do quadro jurídico e profissional para o exercício do jornalismo; e Marko Kovacic, Professor Universitário de Estudos da Juventude, sobre a questão-desafio “O que tem a Europa para oferecer às e aos jovens?”.

Partindo das importantes reflexões e do rico debate proporcionado pelas apresentações dos peritos, os grupos retomaram ao trabalho colaborativo, desta vez sob o desafio de reescrita das propostas. Em plenário foram apresentadas, por uma ou um representante de cada grupo, as propostas de alteração, que variavam entre pequenas adições de texto a alterações profundas de substância e a eliminação de medidas por completo, e cujo resultado final será em breve publicado online pela organização promotora. Foi, para a delegação da PpDM, absolutamente fundamental assegurar a devida inclusão das preocupações e aspirações das jovens raparigas, em todas as suas particularidades e dimensões.

#EuropaParaAsMulheres #MulheresParaAEuropa 

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Parlamento para o Fututo da Europa (PaFutEU)

Projeto promovido pela organização Democracy International E.V (Alemanha) com as parcerias de: Lotina Kutija (Croácia), Nadace Forum (República Checa), Sihtasutus Eesti Inimoiguste Keskus (Estónia), The Peace Institute (Eslovénia), Bulgarian Association For The Promotion Of Citizens (Bulgária) e Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (Portugal).

Financiado pela União Europeia. As visões e opiniões expressas são, no entanto, da responsabilidade da/o autora/es e não refletem necessariamente as da União Europeia ou da Comissão Europeia. Nem a União Europeia nem a autoridade financiadora podem ser responsabilizadas pelas mesmas. Programa Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores (CERV).