Dia Municipal para a Igualdade 2025: mais de 200 mil pessoas mobilizadas por todo o país

A Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PpDM) participou, uma vez mais, no Dia Municipal para a Igualdade, reafirmando o seu compromisso com a realização da igualdade entre mulheres e homens, a eliminação de todas as formas de discriminação e de violência contra mulheres e raparigas e o fortalecimento da cidadania e dos direitos humanos em Portugal.

Esta iniciativa nacional tem contribuído para aproximar as políticas públicas de igualdade das dinâmicas locais, reconhecendo o papel essencial das autarquias e das organizações da sociedade civil, em particular das associações de mulheres, na construção de uma sociedade justa e democrática.

Esta iniciativa é promovida pela Animar – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local, em parceria com ACEESA, APPDI, CASES, Federação Minha Terra, PpDM e UMAR. Conta ainda com o apoio institucional da AIMA – Agência para a Integração, Migrações e Asilo, CIG – Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, CITE – Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, INR, I.P. – Instituto Nacional para a Reabilitação, e da Câmara Municipal de Lisboa, entre outras entidades públicas e privadas.

Igualdade é Desenvolvimento

Sob o lema “Igualdade é Desenvolvimento”, a edição de 2025 mobiliza mais de 218 mil pessoas em todo o território nacional, através de 253 iniciativas realizadas em 86 concelhos e 14 ações digitais.

Mobilização nacional e redes locais

Desde 2010, o Dia Municipal para a Igualdade tem vindo a consolidar-se como uma plataforma de cooperação e sensibilização, reunindo autarquias, organizações sa sociedade civil, escolas, universidades, forças de segurança e empresas em torno da promoção da igualdade e da não discriminação.

Em 2025, as autarquias (49,6%) e as organizações da sociedade civil (43,4%) lideram a dinamização das atividades, evidenciando a força das redes locais na promoção da coesão social e da cidadania ativa.

A iniciativa tem maior expressão na Região Centro (34%), seguida da Região de Lisboa e Vale do Tejo (31%) e da Região Norte (17%), com presença também nos Açores, Algarve, Alentejo e Madeira.

Temas prioritários: igualdade plena e combate ao discurso de ódio

As atividades abrangem públicos muito diversos – desde crianças e jovens a pessoas trabalhadoras, docentes e pessoas mais velhas – combinando sensibilização comunitária, educação para a igualdade e capacitação técnica.

Os temas mais abordados incluem o combate aos discursos de ódio, a igualdade no trabalho e na vida independente, a violência contra as mulheres, o trabalho digno e a igualdade salarial.

As duas temáticas mais escolhidas, “Viver sem discursos de ódio é uma prioridade” e “Igualdade Plena”, representam mais de 70% das iniciativas, demonstrando uma forte orientação para a promoção da democracia, da diversidade e dos direitos humanos.

Uma rede nacional pela igualdade

Com o envolvimento de 113 entidades promotoras e 480 entidades parceiras, num total de 593 organizações, o Dia Municipal para a Igualdade confirma a maturidade de um modelo de trabalho em rede, integrando poder local, sociedade civil, setor educativo, empresas e forças de segurança.

“O Dia Municipal para a Igualdade é hoje uma referência nacional porque dá visibilidade ao trabalho de centenas de entidades que todos os dias constroem igualdade nos seus contextos locais”, sublinha a direção da Animar.

Compromisso da PpDM

Enquanto organização de referência nacional e europeia na defesa dos direitos das mulheres, a PpDM valoriza o Dia Municipal para a Igualdade como um espaço de partilha e cooperação que reforça o trabalho das associações de mulheres em todo o país.

“A igualdade entre mulheres e homens realiza-se em todos os espaços, desde o local ao nacional. As mulheres constituem 52% da população em Portugal e as políticas públicas devem assegurar o cumprimento do princípio da igualdade entre mulheres e homens em práticas e em políticas que incluam as necessidades, os interesses e as competências das mulheres”, afirma Paula Barros, Presidente da PpDM

A Plataforma continuará a contribuir para este movimento coletivo, promovendo a participação das mulheres na vida pública, a prevenção e o combate a todas as formas de discriminação e de violência contra as mulheres e a efetivação dos direitos humanos das mulheres e raparigas.

Consulte a agenda aqui.