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Graal: Marcha pelo fim da violência | Coimbra
25 de novembro de 2017 / 15:30-23:00

Percurso & Pontos de Encontro:
15h30: Concentração na Praça 8 de Maio
16h00: Partida da Praça 8 de Maio
17h15 – 19h00: Praça da República- Microfone aberto
19h00 – 00:00: Convivio + Jantar Benefit Vegan na República Rosa Luxemburgo.
15h30: Concentração na Praça 8 de Maio
16h00: Partida da Praça 8 de Maio
17h15 – 19h00: Praça da República- Microfone aberto
19h00 – 00:00: Convivio + Jantar Benefit Vegan na República Rosa Luxemburgo.
Mais informação aqui: https://www.facebook.com/events/146824992613734/
A Assembleia Feminista de Coimbra, coletivo formado por pessoas engajadas às lutas feministas, realiza este sábado, 25 de novembro, a Marcha pelo Fim das Violências contra as Mulheres. Em memória às três irmãs Mirabal, conhecidas como “las mariposas” assassinadas brutalmente em 1960 pelo governo ditatorial contra o qual lutavam, na República Dominicana, o 25 de novembro foi instituído em 1999 como o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher .
Em face do cenário alarmante de violência que atinge as mulheres cotidianamente em todo o mundo, uma violência que assume diferentes formas, extrapola a esfera doméstica e se reproduz estruturalmente dentro dos espaços que deveriam garantir assistência e proteção, neste ano de 2017 a Marcha de Coimbra é dedicada à luta contra as violências institucionais.
Casos como a decisão do Tribunal de Relação do Porto, em que um juiz justificou a agressão cruel de um marido sobre a esposa sob fundamento arcaico e patriarcal da defesa moral contra o adultério, não são uma exceção, pois apenas visibilizam opressões intrínsecas ao funcionamento das escolas, universidades, hospitais, delegacias, tribunais, parlamentos, igrejas, dentre outras instituições. A esta situação somam-se inúmeros exemplos, tais como a criminalização do aborto em diversos países; a generalizada ausência de condenação efetiva ao feminicídio; a culpabilização das vítimas em casos de violência sexual; a reprodução da desigualdade salarial e a naturalização do assédio nas relações de trabalho, na mídia e outras instâncias; a violência obstétrica que se impõe na relação médico/paciente; as múltiplas violências silenciosas que agridem e limitam a liberdade dos corpos femininos em todas as situações da vida, nas esferas privada e pública. Não se pode ignorar que essas violências incidem de maneiras específicas nos diferentes corpos, ao combinar-se à reprodução do racismo, xenofobia, homofobia, transfobia e diversas outras formas de discriminação.
A Assembleia Feminista de Coimbra acredita que é preciso denunciar e fazer frente às violências institucionais com todas as estratégias disponíveis, tanto com ações que incidam internamente, visando transformações em cada contexto localizado, quanto na luta que se faz nas ruas, em união aos coletivos feministas que atuam a favor da vida das mulheres em todo o mundo.
A Marcha pelo Fim das Violências contra as Mulheres de Coimbra terá início com a concentração às 15 horas e 30 minutos na Praça 8 de Maio e sairá em direção à Praça da República às 16 horas, fazendo um trajeto que passa por pontos simbolicamente estratégicos, como a Universidade, o monumento do Papa, a Penitenciária e a Maternidade, em frente os quais serão feitas falas e intervenções.