PpDM e ONG de Mulheres homenageadas pela CIG nos 50 anos do 25 de abril

No passado dia 21 de março, a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) promoveu, no Templo da Poesia em Oeiras, o evento “Homenagem às ONG de Mulheres | 50 anos a construir a igualdade”. Assinalando ainda o Dia Internacional das Mulheres de 2024, e tendo por mote a proximidade das comemorações dos 50 anos do 25 de abril, o evento procurou prestar uma merecida homenagem às Organizações não Governamentais de Mulheres que atuam em Portugal, cuja ação e proatividade tem contribuído de forma incontornável, decisiva e persistente, para a realização da igualdade entre mulheres e homens, ao nível legislativo, social, político e económico.

«Queremos agradecer publicamente o trabalho de tantas mulheres que, munidas da sua coragem, conhecimento, inteligência e ampla experiência do terreno, fizeram sua a missão de estimular gerações para o exercício da cidadania, para a promoção da literacia de direitos e para o empoderamento de mulheres e raparigas.» CIG via Instagram

Com apresentação de Ana Viriato, o evento contou na abertura com as intervenções de Ana Catarina Mendes, Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, e Joana Baptista, Vereadora da Câmara Municipal de Oeiras. Ao longo da tarde, refletiu-se sobre a importância das ONG no desenho das políticas públicas da igualdade, numa conversa entre a jornalista Sofia Branco e Maria de Belém Roseira, Ministra para a Igualdade do XIV Governo Constitucional.

Ana Sofia Fernandes, Presidente da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, falou sobre as associações de mulheres em Portugal e a sua intrínseca relação com a Democracia.

É com base no diálogo civil estruturado, entre representantes do Estado, ao nível governativo e legislativo, e das associações de mulheres, que mais se avança na concretização da igualdade entre mulheres e homens e na defesa dos direitos humanos em Portugal. As associações de mulheres estão perto das mulheres e das raparigas nos territórios, conhecem bem as necessidades específicas das mulheres e das raparigas, e sabem bem quais as competências e as oportunidades que as mulheres têm. A nossa história de 50 anos de (con)vivência democrática tem vindo a repor os direitos humanos das mulheres. Há, não obstante, um longo caminho a percorrer. As associações de mulheres estão sempre disponíveis para o diálogo político. Para tal, é necessário garantir o financiamento regular, sustentado e reforçado às associações de mulheres.

O evento contou ainda com uma mesa-redonda acerca do papel das associações de mulheres no desenvolvimento da sociedade portuguesa, num painel, moderado pela jornalista Fernanda Freitas, com Ana Costa, do Graal, Regina Marques, do MDM, Manuela Tavares, da UMAR, Sónia Lopes, da APF, Alexa Santos, do Clube SAFO e de da FEMAFRO.

A iniciativa encerrou com um agradecimento às associações de mulheres, dirigido pela Presidente da CIG e pela Vereadora para a Igualdade de Género da autarquia de Oeiras, Ana Filipa Laborinho Fonseca.

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