Exit: no Agrupamento de Escolas do Fundão

No passado dia 9 de março, a convite do Agrupamento de Escolas do Fundão, em Castelo Branco, no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, a representante da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, Diana Pinto, ministrou, virtualmente, uma ação de conscientização sobre o sistema de prostituição, no âmbito do projeto Exit | Direitos Humanos das Mulheres a não serem prostituídas, dirigida a duas turmas do 9º ano da instituição.

A ação iniciou-se com o visionamento do documentário “O Consentimento Não Se Compra” produzido pela PpDM, um documentário que, de forma acessível, traz ao conhecimento da população uma violação grosseira de Direitos Humanos que afeta desmesuradamente as mulheres e as raparigas mais vulneráveis e tem sido ignorada ou tolerada pela sociedade portuguesa: a exploração no sistema prostitucional. Com o testemunho na primeira pessoa de uma sobrevivente portuguesa do sistema de prostituição, e que agora trabalha no apoio a mulheres traficadas para exploração sexual, o documentário inclui ainda os testemunhos de organizações portuguesas que prestam apoio de primeira linha no terreno às pessoas em situação de prostituição e de um conjunto de jovens com reflexão crítica sobre a sociedade dos nossos dias.

Para as e os participantes, este documentário cristalizou a ideia da prostituição enquanto um sistema organizado, violento e extremamente lucrativo para proxenetas e traficantes, e a sua estreita relação com o tráfico de seres humanos.

Após debater os vários protagonistas do sistema da prostituição (as pessoas na prostituição, os compradores de sexo, a “indústria do sexo” e a sociedade), seguiu-se uma discussão participada sobre a relação entre o sistema da prostituição, direitos das mulheres e a juventude, nomeadamente ao nível do papel multiplicador que jovens em idade escolar podem e devem assumir nas suas comunidades e redes familiares, e o impacto transformador desse compromisso. As e os estudantes participaram ativamente, questionando a normalização do discurso sexista e a pressão sexual sobre as jovens mulheres e raparigas, até à desconstrução da noção de “consentimento” numa sociedade patriarcal e o impacto do sistema da prostituição na sexualidade de jovens de ambos os sexos.

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