Conferência Frente de Mulheres da Noruega (Kvinnefronten): 50 anos de feminismo resistente
A Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PpDM), o Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI) e o Mestrado em Estudos sobre as Mulheres: Género, Cidadania e Desenvolvimento (MEM-GCD) da Universidade Aberta (UAb) convidam à participação na conferência Frente de Mulheres da Noruega (Kvinnefronten): 50 anos de feminismo resistente. O evento terá lugar dia 19 de outubro, pelas 09h30, no auditório da Universidade Aberta (UAb) no Saldanha, em Lisboa, por ocasião da visita de dirigentes da associação norueguesa Kvinnefronten a Portugal.
Participação presencial sujeita a inscrição até dia 17 de outubro.
Transmissão em direto disponível online.
Sobre a Kvinnefronten
Fundada em 1972, a Kvinnefronten é uma organização independente e feminista radical de mulheres na Noruega, que combate todas as formas de opressão, exploração e violência, nos domínios económico, social, político, legal e cultural, a que estão sujeitas as mulheres e as raparigas numa sociedade sexista e dominada pelos homens. No início dos anos ‘70, a organização centrou o seu trabalho na luta pela independência económica das mulheres e, desde então, tem trabalhado pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito, contra a mercantilização do corpo e da sexualidade das mulheres, em particular contra a indústria pornográfica e o sistema de prostituição. Este trabalho é feito em estreita cooperação com outras organizações e, em particular, com os sindicatos de trabalhadoras/es.
Ressalvamos o papel fundamental que a Frente de Mulheres da Noruega desempenhou na adoção do Modelo de Igualdade no país e na sua contínua monitorização. Ao longo dos últimos 30 anos, o ativismo feminista abolicionista tem ocupado consideravelmente a sua atividade, num exemplo inspirador para organizações feministas em todo o mundo, com as quais a Frente de Mulheres da Noruega mantém relações de cooperação regulares. Em Portugal, foi esta a organização parceira do projeto EXIT | Direitos Humanos das mulheres a não serem prostituídas, promovido pela PpDM, que traz para o debate público a realidade do sistema de prostituição em Portugal, apresentando e defendendo a proposta abolicionista de adoção do Modelo da Igualdade.
É esta a história que nos propomos contar. A longevidade da Frente de Mulheres da Noruega é, em si mesma, um feito de admirável resistência e persistência na defesa dos direitos humanos de todas as mulheres. A sua intervenção política ao longo de cinco décadas e a sua capacidade de adaptação a um mundo em constante mudança demonstram não só a atualidade do movimento feminista da segunda vaga, mas também a contemporaneidade de muitos dos desafios que travámos no passado. Assim, este evento pretende recuperar a memória histórica da maior organização feminista radical norueguesa, conhecer o seu passado e perspetivar o futuro da sua atividade, reiterando a importância da troca de experiências e de conhecimentos entre organizações de mulheres, estabelecendo redes de cooperação frequentes e além-fronteiras, com vista a um objetivo comum: a emancipação de todas as mulheres e raparigas.
Descarregue o Programa em PT e em EN.
Descarregue a Nota Concetual em PT e em EN.
Tribuna Feminista: Convocar compromissos, integrar direitos e assegurar o diálogo civil estruturado. Projeto implementado pela Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres em parceria com a Frente de Mulheres da Noruega Kvinnefronten, com financiamento do Programa Cidadãos Ativ@s, proveniente da Islândia, Liechtenstein e Noruega através do Active Citizens Fund/EEA Grants, gerido em Portugal pelo consórcio entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação Bissaya Barreto.