A UE no Mundo: mulheres e raparigas reescrevem as propostas da Conferência sobre o Futuro da Europa em Praga

No âmbito do projeto PaFutEU – Parlamento para o Futuro da Europa, o painel de cidadãs e cidadãos sobre a UE no Mundo, teve lugar em Praga, na República Checa, a 15 de outubro. Este projeto parte das conclusões da Conferência sobre o Futuro da Europa (CoFoE) tendo em vista as eleições para o Parlamento Europeu (PE) em 2024.

A delegação da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres foi composta por Diana Pinto, técnica de projetos na PpDM, Teresa Silva e Clara Pelote, membros dos orgãos sociais na organização-membro REDE de Jovens, Eva Jesus, voluntária da associação-membro Graal, assim como Ivanila Luz e Ismaela Menezes, voluntárias da organização-membro Mén Nón – Associação das Mulheres de São Tomé e Príncipe em Portugal.

O primeiro painel teve início pelas 09h30, partindo das boas-vindas de Daniela Vancic, representante da organização promotora Democracy International, que apresentou brevemente o projeto PaFutEU e a Conferência sobre o Futuro da Europa; e de Veronika Skoupá, representante da organização local checa que acolheu o evento, a Fórum 2000.

Eva Herelová, Chefe da Secção Política da Representação da Comissão Europeia na República Checa foi a primeira perita do dia, que abordou o seu percurso profissional em considerável detalhe, proporcionando às e aos participantes um ambiente de curiosa discussão e debate.

Depois de uma curta pausa, deu-se início ao trabalho dos grupos de discussão, recorrendo à metodologia World Café, uma dinâmica que permitiu às e aos participantes rodarem entre diferentes grupos e avaliarem algumas das propostas e medidas do tópico a UE no Mundo no relatório final da CoFoE (a partir da página 61). Diana Pinto moderou a proposta 22, uma das oito que compõem a subdivisão temática a UE no Mundo.

Nos diversos grupos que analisaram as diferentes propostas e medidas, as participantes da delegação de Portugal identificaram de imediato uma lacuna considerável no texto (e, em larga escala, na totalidade do relatório da Conferência): uma formulação de propostas de políticas que não tem em consideração a discriminação estrutural com base no sexo. A este propósito, o manifesto recentemente lançado A Europa numa Encruzilhada – Igualdade de participação das mulheres a todos os níveis: um requisito para a paz, prosperidade e mudança social foi uma importante ferramenta para o trabalho desenvolvido pelas delegadas.

Depois da pausa de almoço, seguiram-se duas apresentações de peritos: Armando Chaguaceda, cientista político e historiador cubano-mexicano; e István Hegedús, presidente da Sociedade Húngara para a Europa, uma organização não-governamental sem fins lucrativos com sede em Budapeste.

Partindo das importantes reflexões e do rico debate proporcionado pelas apresentações dos peritos, os grupos retomaram ao trabalho colaborativo, desta vez sob o desafio de reescrita das propostas. Em plenário foram apresentadas, por uma ou um representante de cada grupo, as propostas de alteração, que variavam entre pequenas adições de texto a alterações profundas de substância e a eliminação de medidas por completo, e cujo resultado final será em breve publicado online pela organização promotora. Foi, para a delegação da PpDM, absolutamente fundamental incluir as preocupações e aspirações das mulheres e das raparigas quando se procura avaliar, questionar e reestrurar o lugar que a União Europeia ocupa no Mundo.

#EuropaParaAsMulheres #MulheresParaAEuropa 

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Parlamento para o Fututo da Europa (PaFutEU)

Projeto promovido pela organização Democracy International E.V (Alemanha) com as parcerias de: Lotina Kutija (Croácia), Nadace Forum (República Checa), Sihtasutus Eesti Inimoiguste Keskus (Estónia), The Peace Institute (Eslovénia), Bulgarian Association For The Promotion Of Citizens (Bulgária) e Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (Portugal).

Financiado pela União Europeia. As visões e opiniões expressas são, no entanto, da responsabilidade da/o autora/es e não refletem necessariamente as da União Europeia ou da Comissão Europeia. Nem a União Europeia nem a autoridade financiadora podem ser responsabilizadas pelas mesmas. Programa Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores (CERV).

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