A influência da Covid-19 na vida das mulheres – Evento online

A Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PpDM) participou, no passado dia 11 de janeiro, numa mesa redonda virtual dedicada à influência da Covid-19 na vida das mulheres.

O evento, organizado pela Young Educators-European Association, contou ainda com a participação de oradoras especialistas em consumo sustentável, serviço social e saúde mental.

Nesta mesa redonda, e num momento em que são retomadas medidas mais severas no combate à pandemia, lembrámos as consequências negativas da atual crise de saúde pública, social e económica para o presente e futuro das mulheres e raparigas, em Portugal e na Europa.

A crise pandémica veio agravar as desigualdades entre mulheres e homens em todas as dimensões da sociedade. Tal como já havia acontecido durante os anos de austeridade, a pandemia afeta desproporcionalmente as mulheres e raparigas, comparativamente mais vulneráveis à pobreza, à insegurança económica e à violência masculina.

No mercado de trabalho, a segregação sexual empurra as mulheres para profissões com remunerações mais baixas, mais precárias e socialmente desvalorizadas. Os setores onde as mulheres estão em maioria, como o turismo, a hotelaria, o comércio, e outros que implicam contacto com pessoas, têm sido os mais afetados pela presente crise.

Não obstante, são as mulheres quem encabeça a luta contra a Covid-19, constituindo 78% das/dos profissionais de saúde na Europa. Ao mesmo tempo, o trabalho não remunerado de cuidado de filhos/as e outros/as dependentes recai, esmagadoramente, sobre as mulheres. Os papéis tradicionais de género que penalizam as mulheres e raparigas são por isso, neste contexto, reforçados.

As mulheres têm mantido, hoje mais do que nunca, as sociedades a funcionar, em prejuízo da sua saúde física e mental, dos seus direitos e da sua autorrealização. O combate à desigualdade entre mulheres e homens não pode ser suspenso. As mulheres não podem pagar a fatura da Covid-19!

Pode assistir ao evento online aqui e ler na íntegra a comunicação da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres aqui.

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